Com o tempo eu aprendo, e eu espero que dê tempo de aprender.

Olá. Eu deveria estar dormindo, para acordar cedo e estudar pras provas de semana que vem. Mas como já está claro, não estou. Então, como já são quase três da manhã, vamos direto ao assunto.
Essa semana, fui pega de surpresa com uma  má notícia. Um colega com quem estudei no ensino médio faleceu ontem, depois de um acidente do qual eu não sei nenhum detalhe. Ele devia ter no máximo 24 anos, e eu gostava muito dele, mas há muito tempo não nos falávamos. Não éramos muito próximos, mas o fato de você saber que alguém com quem você conviveu morreu assim, é de incomodar qualquer pessoa. O ocorrido agravou alguns pensamentos que já estavam em minha mente, que eu acho até que são bem comuns. Coisas do tipo: O que estou fazendo com o meu tempo? Será que estou no caminho certo? Será que Deus está aprovando? Como será o meu futuro? Será que eu ainda tenho um futuro? 
Diante dessas questões, eu não sei o que dizer. Mas...
"Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: Tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter, tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar, tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de viver em paz." (Ecl 3,1-8)

Preciso desabafar... sinto que não sei lidar com o tempo que tenho. Não compreendo perfeitamente quando chega o tempo de morrer pra alguém, ainda mais quando se é tão inesperado, como no caso do meu colega. Às vezes acho que o tempo de chorar se demora demais quando vem... E acho também que em muitas ocasiões, meus olhos é que não enxergam que chegou a minha vez de dançar! O tempo de abraçar é tão bom, mas nem sempre estou afim, ainda bem que tem o tempo de se conter. Tenho preguiça de procurar, mas me sinto mal em desistir. Tenho mania de guardar (sentimentos), logo, muita dificuldade em jogar fora. Tenho vontade de costurar algumas coisas que estão rasgadas, mas não sei se devo. Por muito tempo, tive dificuldade em falar, mas agora acho que tenho falado demais. E quanto ao tempo de lutar, penso que essas minhas observações acima mostram que preciso viver o tempo de paz (interior).
A vida é tão curta para não sabermos... e ao mesmo tempo tão intensa para sabermos de tudo! E aí eu me vejo diante da fé em Deus, que preciso cultivar independente do tempo que vivo. Se choro, se sorrio, se danço, se abraço, se odeio ou me contenho, preciso crer sempre que Deus sabe o que faz, e aprender com Jesus o que fazer, como viver. Que Ele nos ensine. 

É isso. Obrigada por ter vindo. Paz!